Monday, April 23, 2007
Walking around
Thursday, April 19, 2007
Reflexões
Bom, enfim... Lá pelas tantas o tram aparece e vejo lá dentro uma figura muito confusa: um garoto usando oversized slim jeans. Se existe uma combinação completamente disforme nesse mundo, deve ser esta. Não entendi até agora. Sabe quando uma coisa é tão in que fica out? Tão hype que fica kitsch?
Outra coisa que engoliu a minha atenção com toda a fome do mundo foi a tal coisa do coreano na Virginia. Meu Deeeeeus, e eu que achava que a CNN nunca ia parar de falar do Global Warming... Pois parou. Que nem criança com brinquedo novo, a CNN simplesmente não muda de assunto. Assistir o noticiário pra mim virou nada mais que descobrir mais detalhes e repercussões do tal caso. Sério. Pode perguntar qualquer coisa. Sabia que o garoto tinha uma namorada imaginária que o chamava de Spanky? Pois eu sei (pior que é sério). Então tá, ficamos assim, dona CNN: daqui a uma semana eu volto a assistir a sra. de novo, até lá vamos de MTV e sitcom.
Bip.
Cansei
Tuesday, April 17, 2007
Tulipas lá longe
Thursday, April 12, 2007
Como nossos pais
Em todos os cômodos da casa existe um relógio de parede, fora os dois relógios centenários que ficam badalando na cozinha. Sempre achei isso muito irritante, porque no silêncio absoluto você consegue escutar nitidamente os tic-tacs e os blimblons atrapalhando o sono. E além disso é meio bizarro manter um relógio na parede do banheiro... Outra mania deles é mania de planta. Basicamente qualquer muda ou semente que cai nas mãos deles vai ser alojada no nosso terraço já abarrotado de plantas. Não necessáriamente plantas decorativas: já imaginou um pé de jamelão num apartamento? Ou as mangueiras que são mais velhas que eu e nunca deram uma manga sequer?
O fato é que eu não consegui escapar dessa herança maluca: duas semanas depois que cheguei na cidade comprei um relógio de parede porque estava ficando maluca e desorientada sem um por perto. Depois começou a coisa das plantas e quando me dei conta vi que já devo ter uns cinco pés de girassol, uns três pés de abóbora, um cactus y otras plantitas más...
Meio Norman Bates isso, não?
Sobre a páscoa aqui
Alguns comentários sobre a páscoa aqui:
1) Não tem ovo de páscoa ou, pelo menos, não tem o que eu chamo de "ovo de páscoa" (que é como esse aí lado). Aqui tem essa coisa de ovo e de chocolate mas não necessariamente o ovo é de chocolate (ou o chocolate em forma de ovo) como estamos acostumados no Brasil. Isso faz muita falta na decoração de páscoa e avacalha um pouco o meu imaginário. Quando eu lembro de páscoa eu lembro de me maravilhar com o tradicional Serenata de Amor n. 20... de entrar nas Lojas Americanas e ver um teto de ovos, ovos pra todos os lados, uma poluição visual tão intensa que chega a ser sinestésica, uma polifonia... Bom, páscoa sem ovo de páscoa não dá pé.
2) Não tem "saldão de páscoa"! Eu passei as duas últimas duas semanas aguardando o dia seguinte à páscoa pra comprar tudo mais barato (chocolate em euro é uma crueldade!) e dei com os burros n água... Bah.
3) A páscoa tem dois dias! Na segunda-feira foi feriado e eu, incauta, nem percebi que era feriado. Estranhei quando o tram demorou 20 minutos pra passar mas só tive certeza quando vi que o banco estava fechado. Como boa (?) ex-funcionária da Caixa eu sei muito bem que banco nenhum no mundo fecha a toa...
4) A páscoa não é importante. Ainda que existam muitos católicos na Holanda, pelo menos em Amsterdam a páscoa não é grandes coisas. Talvez pelos numerosos imigrantes muçulmanos ou vai ver o povo cansou dessa história de coelhinho...
Wednesday, April 11, 2007
Jornalismo
Paladar
A supervalorização do paladar exótico também resulta numa certa "mexicanização" e "tailanização" da culinária (o que eu quero dizer com isso? Pimenta pra caralho em todos os pratos!). Parece meio insensato também o fato de que, como um simples avocado custa em torno de 1 euro, a solução é importar conservas de guacamole por um preço idiota dos hermanos tropicais. Mas sinceramente, abrir uma latinha de guacamole é algo broxante. Vai contra meus princípios morais admitir que tudo pode ser enlatado. Outro dia eu vi JACA enlatada. JACA, minha gente...
Thursday, April 5, 2007
There's no smoking free environment
"There's no smoking free environment"
Esteja você onde estiver, fazendo o que for, é bom colocar sua indignação anti-tabagista de lado e seguir em frente. Sei que as medidas de contenção parecem estar aumentando, pipocando leis aqui e ali, mas... Por enquanto e pelo o que me consta... Still... No smoking free environment. Anywhere. Como esse povo fuma, viu? E isso apesar dos pesares - como é caro cigarro aqui! Coisa muito comum é as pessoas comprarem um saquinho de tabaco, um pacotinho de papel e fazer seu próprio cigarro. Muitas vezes sem filtro. Fico abismada.
Acho que ainda não consegui entender muito bem a questão porque, vamos lá: se aqui tudo é permitido em prol da democracia, o que dizer do direito dos não-fumantes? (Claro, foda-se, afinal os fumantes são maioria, mas... Parece tão esquisito, sabe?) Como assim no Brasil é proibido fumar em qualquer lugar (restaurantes, shoppings, aeroportos...) e aqui não? Se não fumar em ambientes fechados é indício de civilidade, porque somos nós os tupiniquins e não eles? O que me leva a pensar que, talvez, essa coisa do politicamente correto foi tão longe que deu a volta - talvez seja permitido fumar em qualquer lugar porque no fundo eles esperam que as pessoas parem espontaneamente? Seria isso o cúmulo da civilidade e não a falta?
Só sei que europeu fuma pra cacete. E bem entendido que estamos falando de tabaco, não? Porque outra coisa é isso, todos acham que em Amsterdam a cidade inteira vive envolta numa nuvem de maconha... Também não é por aí. Aliás, os locais nem estão muito aí pra isso, e para ilustrar com uma metáfora que ouvi na praça outro dia: "If chicken liver is legal in your country it doesn't mean that everybody is fanatic about it."